quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ideias novas para o país

Faz imenso tempo que não escrevo aqui nada, mas hoje surgiram-me assim umas ideias um tanto ou quanto revolucionárias que achei importante partilhar. São ideias para tempos de crise. Como eu costumo dizer, eu sempre vivi em crise, pelo que o que estamos a passar me passa um bocado incompreendido. Talvez as ideias que me surgiram sejam completamente disparatadas, mas isso cabe ao leitor julgar.

  1. A primeira ideia resulta do facto de eu ver os campos da minha aldeia e arredores quase completamente abandonados, e muita falta de emprego na zona. Então pensei porque é que as câmaras municipais não organizam uma espécie de mercado semanal em que só podem participar produtores do município ou arredores, de modo a incentivar que as pessoas da aldeia com algum tempo livre aproveitem as hortas e quintas para produzir legumes, fruta, azeite e outros produtos e vão vender a esse mercado? Vantagens são imensas: As pessoas ganham uma ocupação, ganham algum dinheiro a vender os produtos, os campos ficam mais bonitos ao deixarem de estar abandonados (o que também favorece o turismo), e em termos ecológicos evita-se o desperdício de combustível para transportar produtos de França e Espanha até estas vilas e aldeias.
  2. A segunda ideia é muito mais ambiciosa. Que tal usar a imensa massa humana a receber o rendimento mínimo para reflorestar o país com as espécies autóctones? Já que estas pessoas estão a receber dinheiro, ao menos que se lhe arranje um trabalho e assim passam da vergonha de viver de subsídios para passarem a viver de um justo salário. Aqui as câmaras municipais também poderiam dar um apoio significativo, criando viveiros municipais para plantar as sementes. Depois cada proprietário poderia recorrer ao serviço destas pessoas para reflorestar e cuidar da sua floresta, pagando uma pequena parte de forma a complementar o subsídio pago pelo estado. Vantagens: repovoamento das aldeias, criação de emprego em zonas desfavorecidas, melhoria da paisagem com efeitos muito benéficos em termos de turismo.... e muito importante: como os campos passavam a estar mais ordenados e limpos, e mantendo este pessoal a limpar as matas, deixaria praticamente de haver incêndios florestais. Outra vantagem importante seria o investimento no futuro da floresta portuguesa, com os consequentes benefícios económicos ligados à exploração da madeira ou outros produtos florestais, gerando riqueza e mais emprego.
Pronto, vou voltar a colocar os pés na terra..... e espero voltar aqui em breve a este espaço. Até breve!

domingo, 15 de novembro de 2009

Atum sustentável?


Foi com surpresa e enorme satisfação que encontrei uma marca de atum portuguesa que não me deixa de consciência tão pesada após petiscar um prato de atum.
Há tempos vi na tv uma reportagem sobre a pesca industrial de atum no Oceano Pacífico, e fiquei muito mal impressionado. Simplesmente 2 barcos seguem em paralelo segurando as pontas de uma rede enorme que "engole" tudo o que apanha pelo caminho. Não só apanham um cardume inteiro de atuns de uma só vez, como tudo o que aparece pelo caminho (outros peixes, golfinhos, etc) é aprisionado e acaba por morrer. Pior que tudo é o facto de a rede completamente cheia esmagar os peixes que estão no fundo, comprimindo-os. Foi um cenário de horror que perdurou na memória e me fez repensar a compra de atum em lata.
A reportagem mostrou também a forma tradicional de pesca, em que uma comunidade de uma ilha do Pacífico pescava os atuns à cana, um a um, mostrando como este tipo de pesca era muito mais selectivo (uma vez que só apanhavam atuns) e pode ser sustentável porque apenas alguns indivíduos do cardume (provavelmente os mais esfomeados ou os mais glutões) são apanhados, ficando os restantes em liberdade para se continuarem a reproduzir e a perpetuar a especie.
Pronto, agora apenas compro atum pescado de forma sustentável, à cana, e sinto que estou a contribuir para a conservação dos oceanos. Para além disso, é um produto português, produzido de forma tradicional, que gera emprego em comunidades locais. Ah, e o sabor.... muito bom! E tem pouquissimo óleo! Maravilha....

domingo, 13 de setembro de 2009

Cozinha solar - Sardinhada solar


Sardinhada solar é um nome um bocado estranho para uma sardinhada. Onde já se viu assar as sardinhas com o Sol? Bem, pelo menos a partir de hoje isso deixa de ser novidade!

Tudo a propósito do forno solar que arquitectei ("arquitectei" parece-me uma palavra muito fina, e muito adequada para estas modernices de preparar comida com a energia do Sol!). Pronto, depois de umas experiências cheias de sucesso a assar maçãs com o Sol, decidi passar das sobremesas às refeições a sério, e nada mais simples que assar 2 ou 3 sardinhas e comer com uma salada de tomate. Problema: ao saber das minhas intenções, mais duas pessoas se entusiasmaram e fizeram-se logo convidadas. Aqui já fiquei de pé atrás... 2 ou 3 sardinhas, o forno assa (acho eu), mas para 3 pessoas são precisas umas 9 sardinhas.... vai ser dificil... ou não!

Surpresa!!! 9 sardinhas assadas, em 3 horas, e tudo o que tive de fazer foi colocá-las ao Sol no forno, às 11h da manhã, e ir lá buscar às 2 da tarde!!! Deixo aqui umas imagens bem sugestivas e de fazer água na boca...




sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Cozinha solar

Apesar de sempre sentir um entusiasmo muito grande pelas energias renováveis, só muito recentemente decidi experimentar usar a energia do Sol para produzir especialidades culinárias. Por enquanto ainda estou em período experimental, pelo que me limitei quase exclusivamente a assar maçãs ao Sol para testar o meu modelo de forno solar.
Método de construção do meu forno solar: Decidi enveredar por uma solução técnica do mais simples que pode existir e acessível a todos. Comprei duas saladeiras de vidro de tamanhos diferentes, e uma frigideira preta das mais baratas (à qual retirei o cabo). A táctica é colocar a saladeira mais pequena a cobrir a frigideira (de modo a vedar perfeitamente), e depois colocar a frigideira grande por cima da pequena, criando uma parede exterior de vidro para o forno solar ter um maior efeito de estufa e atingir maiores temperaturas. A camada de ar entre as duas saladeiras funciona como isolamento térmico!
Para aumentar a quantidade de energia solar que o forno recebe, coloquei uma chapa de alumínio curva, a reflectir a radiação para o forno. A chapa curva tem a vantagem relativamente a uma superfície plana de concentrar mais a radiação, e também não é preciso andar sempre a orientá-la para o Sol.
Experimentei com duas maçãs (descaroçadas, e com 2 cortes em cruz), deixei ficar no terraço do LAI durante 3 horas ao Sol, e o resultado foi uma sobremesa deliciosa. Depois deste sucesso, tenciono aventurar-me com receitas mais elaboradas nos próximos tempos...
Em diversas páginas internet dedicadas à cozinha solar há imensos modelos de fornos solares que podem facilmente ser construidos em casa, bem como receitas apropriadas à cozinha solar. Com tanto Sol que temos em Portugal, porque não aproveitar?





Quando a Terra encontra o Mar

E quando a Terra encontra o Mar, o que acontece? Bem, uma imagem vale por mil palavras... ou até mais. Imagens de um curto período de férias na costa sudoeste de Portugal.